top of page

«No próximo dia 3 de dezembro será inaugurada a Exposição Coletiva de Pintores com a Boca e o Pé na galeria de arte AADE, em pinhel. Esta exposição, promovida pelo Grupo de Educação Especial e Departamento de Expressões do Agrupamento de Escolas de Pinhel, tem como principais objetivos promover a inclusão educativa e social e comemorar este ano o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Além dos mencionados, cooperam na sua organização: Associação APBP, Galeria de Arte AADE e Município de Pinhel.

A Associação dos Artistas Pintores com a Boca e ps Pés em todo o mundo (VDMFK) foi fundada por Arnult Erich Stegmann, pintor com a boca, seu primeiro Presidente. Desde a sua fundação no Principado do Liechtenstein em 1956, que o lema da Associação é "caridade não, solidariedade sim". Um lema que prevalece até hoje no seio desta organização auto-suficiente, que há mais de 50 anos defende os interesses dos artistas que não podem fazer nascer as suas obras com as mãos, mas que as criam com a boca e os pés.

Devido à sua deficiência, seria com certeza difícil para estas pessoas conseguirem viver da sua arte sem um apoio a vários níveis. A Associação ajuda estes artistas na medida em que divulga as suas obras mundialmente e lhes proporciona condições de trabalho e uma vida independente e realizada.

Jovem arquiteta aproveita novo gabinete para divulgar artistas locais, promover tertúlias sobre arte e cultura e realizar workshops de pintura e escultura

 

«É um risco que tem que ser corrido», assume Joana Correia Saraiva,que acaba de abrir uma galeria de arte em Pinhel.

O espaço,inaugurado no último domingo, acolhe ainda o gabinete de arquitetura da pintora, também conhecida por Juma, uma sala de formações na área artística e uma área para cursos e workshops de pintura e escultura.

 

O AADE fica na Rua Dr. Dinis da Fonseca, próximo do campo de futebol Astolfo da Costa, e tem a porta aberta para artistas locais exporem e para os pinhelenses entrarem e ver arte.

«No interior há essa necessidade da trazer a arte até às pessoas porque há vários espaços que a divulgam, mas galeria de arte com exposições constantes não há assim muitas», constata Juma, que tem patente uma mostra de pintura da sua autoria. Em 2014, o objetivo é divulgar, de dois em dois meses, pintores e escultores do concelho, do distrito ou mesmo de Lisboa ou do Porto.

 

«Em Pinhel há muitos bons valores, como os ex-alunos de Artes da escola secundária, que têm bastante talento mas não têm muitos locais onde expor ou não se sentem à vontade para pedir à Câmara e outras entidades para expor», considera a jovem arquiteta. Por isso, os interessados só têm que enviar um portfólio com o seu trabalho para ser avaliado e, eventualmente, pré-selecionado.

Joana Correia Saraiva confessa que o AADE foi «um apelo pessoal» e «um risco», mas que «é necessário correr tanto para o concelho, como para o distrito e até para nós próprios, artistas», justifica, afirmando que há público na região para esta oferta cultural. «Quando falo em risco é porque estamos no interior e, por enquanto, não há muito essa abertura, o hábito, de ir a uma galeria de arte ver uma exposição», adianta. Cenário que espera contrariar com o AADE, que no próximo ano terá também um programa de tertúlias e conferências sobre arte e cultura. Joana Correia Saraiva é originária de Vila Franca das Naves e formou-se em arquitetura no Porto. Ali realizou diversos trabalhos de pintura, desenho, cerâmica, serigrafia e litografia, entre outros. Reside e trabalha em Pinhel desde 2011, tendo já exposto no Porto, nos centros culturais de Vila Franca das Naves e Trancoso e na Casa Grande, na “cidade-falcão”. Os seus quadros pintados a óleo sobre tela, que podem ser vistos no AADE, resultam da sua visão e interpretação de imagens icónicas, marcadas por um traço retilíneo e uma paleta cromática comum.

Exposição inaugural do AADE é da autoria da anfitriã, que está em Pinhel desde 2011

Juma abre Galeria de Arte em Pinhel

Arquivo: Edição de 05-12-2013  Fonte: Jornal O Interior

IMPRENSA | TELEVISÃO | RÁDIO

ASTA está na Galeria de Arte AADE

«Foi inaugurada, no passado dia 13 de Setembro, a Exposição "Peças de Arte do Atelier 3 Oficios" das ASTA - Associação Sócio Terapêutica de Almeida, com trabalhos desenvolvidos em  lã através da técnica de feltragem. A ASTA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de utilidade pública. Foi fundada em 26 de Outobro de 1998 por Maria José Dinis da Fonseca.»

 

Joana Correia Saraiva

Arquivo: Edição de 05-12-2013   Fonte: Jornal O Interior

Abrir uma galeria de arte em Pinhel não lembra a ninguém, mas Joana Correia Saraiva, jovem arquiteta e artista plástica, decidiu arriscar porque, como diz, tinha que o fazer. Esta tenacidade e vontade de mudar o estado de coisas é de louvar e faz muita falta numa região mais dada a contemplações do que à ação. Além disso, o AADE é uma porta que se abre também para os artistas locais, que ali vão poder mostrar o seu trabalho e, se calhar, ganhar alguma notoriedade.

 

Arquivo: Edição de 30-09-2015   Fonte: Jornal Pinhel Falcão

Entre amanhã e sábado, o auditório da Câmara acolhe um colóquio sobre a Santa Casa da Misericórdia local, que assinala os 500 anos da sua fundação.

O encontro, com abertura agendada para as 9h30 de sexta-feira, é promovido com o objetivo de promover o estudo, o conhecimento e a divulgação do património religioso, histórico e cultural de Pinhel através de uma das suas instituições mais antigas em atividade contínua. No colóquio participam vários investigadores, arqueólogos e historiadores, bem como D. Manuel Felício, bispo da Guarda, e o pensador Jesué Pinharanda Gomes. No âmbito desta atividade será inaugurada amanhã (18h30) a exposição de pintura “Catedrais de Misericórdia”, de Isabel de Sousa Pinto, na galeria de arte AADE, em Pinhel. No sábado, à mesma hora, abre ao público uma mostra documental e bibliográfica sobre a Misericórdia de Pinhel que pode ser apreciada na sede da instituição. O colóquio é organizado pelo Centro Social e Cultural da Paróquia de Pinhel, pelo Município e pela Santa Casa da Misericórdia, cujo provedor é Luís Poço.

Arquivo: Edição de 09-07-2015   Fonte: Jornal O Interior

Misericórdia celebra 500 anos com colóquio

A Galeria de Arte AADE, de Pinhel, inaugura no domingo, pelas 15 horas, a exposição “Cara a Cara|Facie ad Faciem”, que conta com trabalhos do artista guardense Ysed Desy, que estará presente na abertura, e do brasileiro L7M.

A técnica de graffiti, habitual na “arte de rua”, é transposta para novos espaços e superfícies, como a tela e o vidro. O Gabinete AADE é um projeto de Joana Correia Saraiva, também conhecida por Juma, uma jovem arquiteta que aproveita o espaço para divulgar artistas locais, promover tertúlias sobre arte e realizar workshops de pintura e escultura.

Arquivo: Edição de 01-05-2014   Fonte: Jornal O Interior

Graffiti “invade” galeria de Juma

Peças de Arte do Atelier 3 Ofícios

Arquivo: Edição de 30-09-2015   Fonte: Jornal Pinhel Falcão

«Foi inaugurada, no passado dia 13 de Setembro, a exposição 'Peças de Arte do Atelier 3 Ofícios' da ASTA - Associação Sócio Terapêutica de Almeida, com trabalhos desenvolvidos em lã através da técnica de feltragem.

A Galeria AADE continua a dar que falar. O sucesso traduz-se pela quantidade de artistas que a galeria continua a atrair. Como nos contou Joana Correia Saraiva, proprietária, "as exposições passaram a ser inauguradas mensalmente, contrariamente ao previsto no ano passado de serem bimensais! "

A ASTA - Associação Sócio Terapêutica de Almeida é uma instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de utilidade pública. Foi fundada em 26 de Outubro de 1998 por Maria José Dinis da Fonseca, com a visão de oferecer ás pessoas necessitadas de cuidados especiais, essencialmente jovens a partir dos 18 anos com deficiência intelectual - DID e multi deficiência, uma alternativa de vida válida e plena de sentido e contribuir para a sua integração social.

O Atelier 3 Ofícios está em funcionamento desde Outubro de 2012. É um espaço onde se trata e trabalha a lã de ovelha, o papel reciclado e a cera de abelha, produtos endógenos da região, e onde é privilegiado o trabalho de grupos reduzidos com necessidades e abordagens terapêuticas específicas e intimistas.

Joana Correia Saraiva, proprietária da galeria e anfitriã desta exposição, esclareceu ao Pinhel falcão que "foi Cila Lacerda, colaboradora da ASTA, que fez ponte entre esta instituição e a Galeria AADE- Penso que resultou muito bem e é mais uma possibilidade das pessoas da ASTA divulgarem os seus trabalhos em Pinhel. Para nós é uma honra podermos contribuir para esta associação que desempenha um trabalho tão meritório."

Maria José Fonseca da ASTA, considera esta exposição, muito importante, " por duas razões: primeiro, porque é feita por pessoas especiais com capacidades diferentes das pessoas normais. Segundo, porque é o nosso Atelier que está aqui representado e é uma possibilidade de mostrar ás pessoas a utilidade do nosso trabalho. Estas pessoas gostam de sentir-se úteis na sociedade. É também uma forma de dar sustentabilidade à ASTA, ou seja, é mais uma fonte de rendimento que, certamente, ajuda a nossa associação."

Os trabalhos expostos consistem em peças produzidas em feltro, chapéus, carteiras, pantufas, etc.

Como tudo começou? - Chapéus 'Novos Povoadores'

A ideia segundo a responsável da ASTA Maria José Fonseca, "foi fruto da parceria estabelecida com a fundação 'Vox Populi' e o Agrupamento de Escolas de Almeida que nos desafiaram a conceber a ideia do chapéu numa ideia abrangente e atraente. Neste sentido replicámo-lo aos nossos companheiros e monitores para a criação de modelos que traduzissem os saberes já adquiridos bem como lançassem um toque de inovação. Nesta procura realizámos uma semana de trabalho intenso. Desta parceria nasceu o chapéu 'Novos Povoadores' sendo assim baptizado pelo interesse que despertou na Associação com o mesmo nome (que chama famílias metropolitanas para instalarem negócios em territórios rurais) e porque é um modelo que se adapta a toda a família".

Os materiais utilizados são a lã de ovelha pura de cores diversas, água quente, sabão, fio de coco ( para dar forma ás rastas) e moldes em material rígido e impermeável.

A feltragem é o processo de fazer feltro, é no fundo a transformação de pedaços de lã numa durável tela não tecida e é a mais velha técnica conhecida de realizar um têxtil.

O feltro é produzido pela pressão das fibras que o compôem, condensando-as, são as fibras dispostas em camadas regulares e condensadas que dão a estrutura ao feltro. O feltro pode ter qualquer cor e pode ser feito em qualquer forma ou tamanho. Assim as fibras de lã entrelaçam-se umas nas outras, resultando num produto têxtil e camada consistente.

De realçar que alguma lã utilizada nos trabalhos vem de ovelhas do rebanho que a ASTA possui.»

Artistas que Pintam com a Boca e os Pés

Arquivo: Edição de 30-11-2015   Fonte: Jornal Pinhel Falcão

A Associação tem grandes expectativas artísticas em relação aos seus membros, estimulando muito o seu trabalho.A capacidade pessoal de cada artista está e estará sempre em primeiro plano, e nunca a sua deficiência. Só assim poderão afirmar-se no mercado artístico internacional.

A Associação possui os direitos de reprodução das obras destes artistas, e divulga-as através de editoras suas em todo o mundo em forma de postais, calendários e muitos outros artigos. Em Portugal, a responsável pela comercialização destes produtos, feita exclusivamente por correio, são os Artistas Pintores com a Boca e o Pé, Lda. (APBP), com sede em Caldas da Rainha.

Hoje em dia estão ligados à Associação Internacional cerca de 800 artistas de todos os continentes que pintam com a boca e os pés. Estes recebem um montante mensal pelo seu trabalho, que evolui perante a sua progressão artística.

São realizados por esta Associação exposições em todo o mundo, que despertam sempre o interesse do público e os meios de comunicação social. Muitas destas mostras têm lugar em galerias, museus ou edifícios públicos, sendo inauguradas por figuras de relevo da vida nacional do país em questão.

No que respeita à Exposição em Pinhel, no dia da inauguração, irá estar na galeria AADE a artista plástica Maria de Lurdes Oliveira a pintar ao vivo.

Maria de Lurdes Oliveira nasce a 23 de fevereiro de 1949, já sem braços. Incentivada pela mãe desde bebé a fazer com os pés tudo o que costumamos ensinar as crianças a fazer com as mãos, habitua-se a fazer tudo sozinha sem depender de terceiros. Na escola primária a professora descobre-lhe o talento artístico ao vê-la desenhar com o pé esquerdo, talento que se traduz também na facilidade com que aprende a coser e a bordar na perfeição.

Desde o dia 1 de janeiro de 1965 que é bolseira da Associação Internacional de Artistas que pintam com a boca e os pés. Tinham nesta altura apenas 16 anos de idade. Os anos vão passando e a jovem artista vai criando cada vez mais fãs não só da sua arte mas também da forma alegre e otimista como encara a vida. Tem como caraterística assinar os seus quadros sempre de maneira diferente ao longo do seu percurso artístico.

Em 2004 passa de bolseira a Membro Associado da Associação Internacional.

Hoje em dia, Maria de Lurdes é uma mulher profissionalmente realizada, que vive do seu trabalho - a pintura. O seu valor artístico chama também a atenção de vários órgãos de comunicação social do nosso país. Compareceu em programas de televisão e deu entrevistas para jornais e rádio. Participou ao longo dos anos em várias exposições, ganhando prémios e distinções.

 

A exposição Coletiva de Pintura de Artistas Pintores com a Boca e o Pé, além da comunidade educativa, pode ser visitada por todas as pessoas interessadas até ao dia 31 de dezembro de 2015 na galeria de Arte AADE, em Pinhel. Manuel Neves»

Galeria AADE - Fernando e Dora Maia Caetano

Arquivo: Edição de 25-04-2014   Fonte: Jornal O Interior

«Fernando e Dora Maia Caetano, docentes do curso de Artes na Escola Secundária de Pinhel, apresentam vários trabalhos de pintura e escultura num total de doze, na novel galeria de arte de Joana Correia Saraiva em Pinhel.»

Na galeria de Arte de Joana Correia

«Fernando Maia Caetano, docentes do curso de Artes na Escola Secundária de Pinhel, apresenta seis trabalhos de técnicas mistas num total de oito rtelas. Dora Maia Caetano, também docente no curso de Artes de Pinhel expõe duas esculturas onde o ferro e o gesso predominam e mais duas em baixo relevo. As duas exposições acontecem em simultâneo e podem ser vistas até ao dia 3 de Maio na Galeria de Joana Correia Saraiva.

 

A galeria de arte de Joana Correia recebe, até ao dia 3 de Maio, alguns dos trabalhos de

Fernando Maia Caetano. O Pinhel Falcão visitou o novo espaço, aberto desde Dezembro do ano passado e conversou com Joana Correia e Fernando Maia Caetano. A Galeria fica na Rua Dr. Dinis Fonseca, próximo do campo de futebol Astolfo da Costa.

Quando perguntámos a Joana Correia Saraiva como é abrir uma galeria no interior do país a resposta foi peremptória, "É uma aventura! É um risco que tinha que ser corrido."

Joana Correia Saraiva é originária de Vila Franca das Naves e formou-se em arquitectura no Porto onde realizou vários trabalhos e exposições. Desenho, pintura, cerâmica, serigrafia e litografia são algumas das áreas que Joana Correia já trabalhou. Tendo exposto trabalho no Porto, Trancoso, Vila Franca das Naves e Pinhel, a jovem arquitecta, a residir em Pinhel desde 2011, oferece agora a outros artistas da região a oportunidade de exporem os seus trabalhos na sua galeria.

"Eu senti que havia a necessidade de um espaço assim em Pinhel. No Porto costumava frequentar várias galerias de arte e notei que aqui não existia esse hábito e pensei, porque não criar uma galeria e levar as pessoas a conhecer melhor a arte", revela-nos a arquitecta.

Pinhel Falcão (PF) - Como tem sido a reacção das pessoas?

Joana Correia Saraiva (JCS) - Ainda não estão muito habituadas. Nota-se que elas espreitam e revelam algum receio de entrar. Muita gente não conhece o conceito de galeria de arte. Alguns não sabem que podem entrar, conhecer a exposição e não comprar nada. Aliás, algumas das peças nem sequer estão à venda e estão presentes na sala para divulgar os seus autores. Mas, até porque as exposições vão começar a ser mensais, as pessoas aos poucos vão aparecendo.

(PF) - Viu com surpresa o facto de Pinhel, apesar de ser uma terra pequena, contar já com um número considerável de artistas?

(JCS) - Sim! eu não sou de Pinhel e portanto confesso que não sabia que existiam tantos artistas. Fiquei admirada no bom sentido! Também por isso, acho que a galeria é uma mais-valia para todos os artistas do concelho de Pinhel para exporem e divulgarem os seus trabalhos.

(PF) - Nando Maia Caetano, sente-se de alguma maneira responsável por esta situação?

Nando Maia Caetano (NMC) - Sinto-me um bocadinho culpado. No bom sentido! Eu costumo dizer que Pinhel deve ser a cidade do país com maior percentagem de artistas por população. Se calhar não me engano. a minha responsabilidade foi e é como professor. Criámos o curso de artes, fazemos o nosso trabalho todos os dias e todos os anos vêm para Pinhel muitos miúdos. A cidade já tem o curso de Artes há 20 anos. É multiplicar isso por 10 e temos o número de 200 artistas mas eu acredito que são mais. Num concelho como o nosso acho que podemos considerar um número alto.

(PF) - Foi uma caminhada progressiva. Hoje, o curso de artes já não provoca reticências num futuro incerto ou, pelo contrário, ainda existe algum preconceito por parte das pessoas?

(NMC) - Continua a ter. Não de imagina a guerra que é, todos os anos, com as artes aqui em Pinhel. Ou os pais não deixam ou os amigos não deixam... É uma guerra para os miúdos não irem para o curso de artes. E muitas vezes é uma guerra desonesta. Continuamos a ser desconsiderados.

(PF) - O argumento é: a Arte não dá dinheiro?

(NMC) - Esse é o argumento básico e estúpido. Para muitas pessoas ser artista é morrer à fome! Mas eu discordo firmemente. Como em qualquer profissão, quando se é mau nunca se ganha muito. Na arte é igual, quando se é bom naquilo que se faz o que é difícil é não ganhar muito. Acontece o mesmo com o jogador de futebol, o advogado e outras profissões. Eu não conheço nenhum artista a passar fome mas conheço alguns de outras profissões que não estão nada bem. Portanto, é apenas um problema de mentalidade.

(PF) - A Joana concorda com o Nando? Sente que , muitas vezes, é remar contra a corrente?

(JCS) - Eu lembro-me quando fui para o 10º ano e escolhi artes, muitas pessoas me perguntavam, 'mas o que vai fazer para artes?!' E recordo-me que foi um bicho-de-sete-cabeças para toda a gente ter seguido artes. Porque não iria ter futuro ou que o iria fazer depois...

(PF) - Mas a Joana, além de ir para artes, já na vida profissional acaba por abrir uma galeria. É duplicar o risco...

(JCS) - Porque eu não partilho da ideia desses pessoas que acham que quem vai para artes não vai ter futuro.

(PF) - Nando, nunca pensou expor numa galeria privada em Pinhel, como está a correr a experiência?

(NMC) - Sim. É verdade, mas também não havia. E tem sido fantástico. Fui convidado para a inauguração deste espaço e logo nessa altura, eu e a Joana, trocámos algumas impressões e ideias para novos projectos. Queremos aproveitar o espaço que é idieal. Para os nossos alunos de arte também. No fim do ano lectivo os nossos finalistas vão, se tudo correr bem, expor na galeria. Em relação a esta exposição, minha e da professora Dora, fomos convidados a trazer os nossos trabalhos até aqui e nós, contentes, pegámos na trouxa e mudámo-la para cá!

(PF) - Estas exposições estão patentes até quando?

(JCS) - Até ao dia 3 de Maio. No dia 4 de Maio irá acontecer outra exposição. Um artista da Guarda que faz grafite em tela.

(PF) - Que futuro prevê para a galeria?

(JCS) - Sou por natureza uma pessoa bastante optimista porque senão também não tinha arriscado neste projecto. Acho que não acontece nada de simplesmente cruzarmos os braços e ficarmos à espera que os outros façam as coisas por nós. Quando sentimos que há adesão por parte das pessoas, nem que sejam apenas dois ou três já é recompensador. Vejo o futuro risonho.

(NMC) - Deixe-me só dizer uma coisa que costumo dizer aos meus alunos e agora mais que nunca. A saída da crise está nas mãos dos artistas. São os artistas que têm que mudar a cabeça deste povo. São os designers, os arquitectos, os músicos, os artistas plásticos que vão virar isto ao contrário.

(PF) - Acha que o povo ouve os artistas?

(NMC) - Mais tarde ou mais cedo terá que ouvir. Não há outra solução...

(PF) - Faço esta pergunta aos dois. O que se pode fazer para se ouvir mais os artistas? São eles que têm de gritar mais alto? Um pouco à semelhança da Joana, que criou esta galeria, têm de ser mais proactivos?

(JCS) - Eu acho que sim. Tem que ser o próprio artista a dizer não! Não, eu não sou uma pessoa menor! Não, eu não vou morrer à fome! Sou uma pessoa com cultura, formação e conhecimento e tenho coisas válidas para dar à sociedade.

(NMC) - Ir à lura! Não pode ser por decreto. Nós temos de valorizar as nossas capacidades e mostrar o que melhor sabemos fazer. Hoje mudamos uma pessoa, amanhã outra e, quem sabe, um dia teremos aqui uma exposição com muitos visitantes! não podemos é ficar com os braços cruzados até porque, o próprio sistema de ensino exclui completamente a objectividade artística. E como não nos podemos queixar, porque não adianta nada, temos de ir à luta!

(PF) - A galeria, por si só, não é rentável ainda... Além da galeria e do gabinete de arquitectura o que podemos encontrar neste espaço?

(JCS) -Sim é verdade mas, um pouco à semelhança da galeria, senti necessidade de abrir um espaço para formação na área da arquitectura e artes. Eu  gosto muito de fazer formações mas tenho de ir sempre a Lisboa  ou ao Porto. Os gastos são imensos; Alimentação, viagens, portagens etc. Então pensei, porque não trazer a formação e os profissionais que queiram ter formação nestas áreas a Pinhel. Foi assim que surgiu a parceria com a Comunilog.

Fica feito o convite aos nossos leitores para visitar as exposições Fernando Maia Caetano e Dora Maia Caetano e ficar também a conhecer o novo espaço de Joana Correia Saraiva. Uma galeria, um gabinete de arquitectura, uma sala de formação e um atelier!»

Manuel Carlos

Exposição de Pintura de Miguel Clemente

Arquivo: Edição de 18-06-2015   Fonte: Jornal O Teimoso

I Exposição Individual de trabalhos de expressão plástica de Miguel Clemente

No dia mundial da criança foi inaugurada a Exposição Individual de Trabalhos de Expressão Plástica do aluno do 5ºD, Miguel André de Jesus Clemente. Esta inauguração decorreu na Galeria de Arte AADE de Pinhel  contou com na presença do Exmo. Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas de Pinhel, professor José Monteiro Vaz, e do Exmo. Sr. Presidente do Município de Pinhel, Rui Manuel Saraiva Ventura . A exposição pode ser visitada durante o mês de junho e, da nossa parte damos os parabéns ao Miguel pela capacidade inata no domínio artístico.

Sobre este aluno, o Professor Manuel Neves, professor de Educação Especial do Miguel, escrevia assim:

'Miguel André de Jesus Clemente, com 13 anos, é filho de Delfim Cabral Clemente e de Alexandra Patrícia de Jesus Estevão; nasceu em Freixedas (localidade onde reside) a 25 de Fevereiro de 2002.

É aluno do 5º D da EB 2 de Pinhel, do Agrupamento de Escolas de Pinhel. Tem como encarregada de educação sua tia paterna Sónia Pinheiro, familiar que o apoia e acolhe.

O Miguel beneficia de educação especial devido a necessidades educativas especiais. É uma criança meiga, simpática e bem comportada. Gosta muito de desenhar, manifestando como área forte a expressão plástica.

No conjunto variado de trabalhos realizados no Atelier de Expressão Plástica e nas aulas de Educação Visual e Educação Tecnológica, com o professor Luís Matos, o aluno demonstrou sempre uma grande criatividade, empenho e responsabilidade.

As técnicas desenvolvidas foram, essencialmente, a pintura com lápis de cor, com marcadores, com acrílico e com guache líquido havendo também lugar para um primeiro contacto com a utilização de madeiras e seus derivados na construção dum boneco articulado.

Sendo assim, e graças à sua grande capacidade criativa e de trabalho na área da expressão plástica, achou-se por bem selecionar e expor oito trabalhos que possam, por um lado, revelar um pouco do que o Miguel foi criando ao longo deste ano letivo e, por outro, iniciar um belo caminho na área das artes que irá percorrer e desenvolver.

Estamos pois convictos que esta será a primeira de muitas exposições do Miguel.

Pinhel , 1 de junho de 2015

Dia Mundial da Criança

“Cinco dias no Pezinho” é o título da exposição - comemorativa do Dia Internacional da Criança – que pode ser visitada na galeria de arte AADE em Pinhel de 1 de junho a 11 de julho.

Organizada por Grupo de Educação Especial e Departamento de Expressões do Agrupamento de Escolas de Pinhel, Município de Pinhel e Núcleo Familiar da Quinta do Pezinho da Obra de Nossa Senhora das Candeias, contou com a cooperação da Galeria de Arte AADE o do Movimento Poético.

O Núcleo Familiar da Quinta do Pezinho, em Pinhel, pertence à Obra de Nossa Senhora das Candeias. É constituído por uma dúzia de Pessoas, sobretudo rapazes que aí vivem desde crianças, com algumas limitações e capacidades surpreendentes.

O Agrupamento de Escolas de Pinhel tem uma parceria com a Quinta do Pezinho, onde um aluno com necessidades educativas especiais desenvolve o seu currículo específico individual.

Exposição de Fotografia de André Delhaye

Arquivo: Post de 08-06-2016   Fonte: Blog Agrupamento de Escolas de Pinhel

Exposição Individual do Aluno Miguel Clemente

Arquivo: Post de 03-06-2015   Fonte: Blog Agrupamento de Escolas de Pinhel

Exposição coletiva de artistas pintores com a boca e com o pé em Pinhel

Arquivo: Edição de 04-12-2015   Fonte: Magazine Serrano

Ao início da tarde, desta quinta-feira foi inaugurada a exposição coletiva de artistas pintores com a boca e com o pé que estará patente até ao final do mês na Galeria de Arte AADE, em Pinhel.

A iniciativa coincide com o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e contou com a presença da pintora Maria de Lurdes Oliveira que, perante uma vasta plateia, mostrou como é possível fazer arte, ainda que com limitações físicas.

Também participaram na inauguração a Arquiteta Joana Saraiva, proprietária da Galeria, o Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, o Diretor do Agrupamento de Escolas, a responsável pela Unidade de Apoio a alunos com multideficiência do Agrupamento de Escolas de Pinhel e um grupo de utentes da ASTA - Associação Socioterapêutica de Almeida.

'Inclusão Educativa e Social' assim se intitula esta exposição que pode ser visitada durante o mês de dezembro, na Galeria de Arte AADE, em Pinhel.

Por: Mun. Pinhel

Movimento Poético grava parte de programa na Galeria de Arte AADE

Fonte: Movimento Poético - Canal Viva Entretenimento, YouTube

    André Delhaye, como pessoa e artista otimista e inclusivo, aceitou o nosso convite; integrando-se no grupo por alguns dias e colhendo imagens, de modo a transmitir-nos a sua visão de atividades da vida diária e agrícolas, apresentou-nos vivências através de algumas fotografias a preto e branco.

Nascido e crescido no Porto, as (questionáveis?) opções académicas tomadas ditaram um futuro tão incerto como fascinante: o curso superior de cinema abriu as portas à profissão de fotógrafo, enquanto a licenciatura em filosofia iniciou um roteiro pela Europa, tendo vivido em Espanha, Inglaterra, França e Irlanda.

Espanha viu-o tirar as primeiras fotografias, mas foi em Inglaterra que desenvolveu e aprofundou técnica e conhecimentos.

O desejo de contar histórias com imagens trouxe-o até Pinhel. O projeto "Cinco dias no Pezinho" foi a realização de um sonho e começo de outro: materializou-se uma ideia antiga de explorar o conceito clássico de reportagem e, simultaneamente, criar a necessidade de prosseguir esse caminho.

As vidas vão-se des/envolvendo, mas a história está ainda por acontecer.

 

Manuel Neves

Exposição de Marín García

Arquivo: 31-01-2017   Fonte: Jornal Pinhel Falcão

Galeria de Arte - AADE

A Galeria de Arte AADE inicia o Ano de 2017 com a Inauguração da Exposição intitulada 'Aldeias Históricas de Portugal' do Artista Marín García. Marín nasceu em Bañobárez, Salamanca em 1951.

Foi aluno de Zacarias Gonzalávez de quem aprendeu o valor do desenho como meio de expressão e criação. Desde 1987 tem se dedicado a conhecer e desenhar o património histórico mais desconhecido pelo mundo rural em Espanha e Portugal.

Inaugurada no passado dia 8 de Janeiro

Nascido em Bañobárez, Salamanca no ano de 1951.

Professor da escola primária, foi aluno de Zacarias Gonzalávez de quem aprendeu o valor do desenho como meio de expressão e criação.

​Desde 1987 tem se dedicado a conhecer e a desenhar o património histórico mais desconhecido pelo nosso mundo rural em Espanha e Portugal.

Dedicou a sua vida ao ensino e o seu tempo livre à Arte. Aprecia a beleza, através da aprendizagem de técnicas artísticas do desenho, gravura e pintura. Realizou a sua primeira exposição coletiva em Guernica, em 1975 muda-se para Barcelona começando aí a sua grande experiência do desenho nas viagens.

Desenha apenas com um lápis e uma caneta com o bico muito fino através de uma técnica de pequenas linhas retas que no seu conjunto representam os perfis, sombras e texturas dos monumentos.

Em 1993 começa a sua grande aventura de encontrar e desenhar os elementos do antigo regime. Nessa década conheceu o Dr. Augusto Moutinho Borges, um apaixonado pela arte e pelo património. Em Almeida lutava contra os excessos realizados no património arquitetónico. Desde então tem trabalhado, planificado e aproveitado todas as possibilidades para expor os seus desenhos nos espaços com maior divulgação. Museus, palácios, arquivos, bibliotecas ou livros. Sem duvida esta é a etapa mais proveitosa em termos de viagens, realização de desenhos e qualidade dos projetos assim como importância social. É Augusto que propõe participar em um simpósio sobre os símbolos nos canteiros medievais em Pinhel. Expondo pela primeira vez na Galeria de Arte AADE.

Pintor da época de Ramón Casas, Picasso e Salvador Dali, Marín conseguiu expor suas obras duas vezes na Sala Parés, espaço emblemático no início do século em Barcelona. É para nós, Galeria de Arte AADE, uma grande Honra representar a partir do dia de hoje, o artista Marín García e com ele iniciar uma partilha da arte e de Património de Portugal. A ele, Marín, muito obrigada pela parceria, partilha e pelo carinho demonstrado.

A exposição estará patente até dia 4 de Março.

Errata: A Exposição estará patente até ao dia 24 de Março de 2017

Exposição de Cristina Maya Caetano

Arquivo: 31-03-2017   Fonte: Jornal Pinhel Falcão nº 401

Galeria de Arte - AADE inserido no II Encontro do Movimento Poético

No passado domingo, dia 26 de Março, realizou-se o 2º Encontro Poético, uma iniciativa promovida pelo Movimento Poético, em parceria com a Junta de Freguesia de Pinhel e da Junta de Alverca da Beira, com o apoio da casa do Povoe Município de Pinhel.

O dia do 2º Encontro Poético iniciou-se com uma Missa em memória aos Poetas Pinhelenses.

A abertura do evento ficou marcada com a inauguração da exposição de pintura de Cristina Maya Caetano. A colecção, intitulada "Luminosidade Colorida" estará patente na Galeria de Arte AADE até ao fim do mês de Abril.

Crianças visitam Galeria de Arte AADE

Crianças da sala dos 4 anos da Educadora São Martins - Jardim da Misericórdia

No dia 21 março, pelas 14h, as crianças visitaram a exposição de pintura "Luminosidade Colorida" da Artista Plástica Cristina Maya Caetano. Num ambiente descontraído, apreciaram os quadros e ouviram com atenção a explicação de cada um deles, pela artista. No final, cada um selecionou o quadro preferido, justificando a sua escolha. A diversidade da cor e os elementos da natureza foram sem dúvida os elementos favoritos. De seguida inspirados nos quadros e num ambiente caloroso de inter-ajuda, cada um fez a sua pintura em papel cenário. As opiniões das crianças e o desenrolar de toda a actividade foi filmada, dando origem a um vídeo, que tal como os trabalhos realizados ficarão expostos até ao final da exposição, dia 30 abril, na AADE Galeria.

Na qualidade de Educadora, considera esta actividade enriquecedora para o desenvolvimento global da criança, nomeadamente na área da expressão plástica, apelando à criatividade e ao sentido estético. A cooperação entre as mesmas favorece um desenvolvimento social inter-activo e integrado na sociedade. Destaco ainda a alegria, a mestria na mistura das cores e o amor à natureza patente no trabalho da autora, atractivos importantes para o incentivo à pintura, nas crianças.

São Martins

II Encontro do Movimento Poético

EXPOSIÇÃO 'LUMINOSIDADE COLORIDA' de Cristina Maya Caetano

O dia da Inauguração esteve inserido nas comemorações do II Encontro de Poetas Pinhelenses, da responsabilidade do 'Movimento Poético'. Na ocasião foram declamados alguns poemas ao som da Guitarra acústica de Manuel Martins. Num momento onde se encontraram as artes plásticas, a poesia e a música.

Em representação da Câmara Municipal, a vereadora da Cultura Lucília Coelho apresentou a artista aos presentes, convidados e curiosos. "A Cristina começa a ser reconhecida internacionalmente, como os prémios aqui expostos o comprovam. Nas obras da artista podemos observar a alma africana de Cristina Maya. Nasceu em Angola, viveu em Moçambique e veio para Portugal, para o nosso Concelho, com 7 anos de idade. Nas suas telas podemos observar toda a exaltação e saudação à Vida e à Natureza." A vereadora terminou a sua intervenção dizendo que "a grandeza do artista também se manifesta nos pequenos territórios como o nosso, onde a Arte pode e deve ser entendida como uma forma de educação e formação de novos públicos, de novas mentalidades", concluiu.

Cristina Maya explicou o seu trabalho com os sentimentos da artista, com a sua própria Alma. "Para mim a arte é vida; é cor e movimento. Os artistas são pessoas como as outras, apenas mostram o que são de uma forma diferente".

Amante da harmonia, da interacção pacífica explica as suas telas como a sua tentativa "de tornar o mundo melhor, quero que as pessoas olhem para elas e não pensem em mais nada, a não ser na harmonia própria com o Universo."

Cristina Maya destacou um quadro em memória de seu pai, Manuel Alberto Maia Caetano, ao qual chamou 'Expansão da Alma'. "Acredito que a vida não acaba aqui; a nossa vida não passa de um estágio evolutivo, um ciclo de crescimento da alma. Portanto, acredito que o mau pai está noutro estágio da Alma, em contínua expansão."

Coube ao Movimento Poético, nomeadamente a Inácio Correia e Carlos Pereira, homenagear a artista e a sua obra com poesia.

A Exposição 'Luminosidade Colorida' de Cristina Maya Caetano conta com um total de 10 telas, pintadas com a técnica Pintura a Óleo. As obras destacam-se pela paleta cromática intensa e colorida e pinceladas orgânicas. Exposição patente até 30 de abril.

Cristina Maya Caetano é Artista Plástica, Poeta, Ilustradora e Escritora - autora da colecção "Fadinha Lótus". Cristina nasceu em Angola, viveu em Moçambique e actualmente reside ente as cidades de Aveiro e Pinhel, tendo nesta última as suas origens familiares.

Desde 2013, tem sido sucessivamente se leccionada para eventos internacionais, trabalhando com curadores, museus e galerias internacionais. O seu trabalho tem sido publicado em revistas especializadas e livros de arte. Menções e prémios internacionais também fazem parte do seu currículo. Participa em importantes exposições internacionais em Espanha, França, Itália, Suécia, Alemanha, Hungria, EUA, Escócia, Portugal, Japão, Dinamarca, Áustria, Inglaterra e Suíça.

Yolanda Herranz na Galeria de Arte AADE

Arquivo: 15-06-2017   Fonte: Jornal Terras da Beira nº 1249

" Por que não levar o Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) até Pinhel? Foi este o mote, lançado pelo escultor Inácio Correia, que levou Joana Saraiva a lançar o desafio ao Museu Regional da Guarda, que aceitou quase de imediato deslocar uma das exposições do SIAC para aquela cidade. Concretamente "En Cuerpo e Alma", de Yolanda Herranz, que pode ser visitada até final do mês naquela que é a única galeria de arte particular do Distrito da Guarda.

«Eles Imediatamente se mostraram prontos e até bastante agradados pelo facto de haver um espaço para divulgar a arte, porque a Galeria de Arte AADE é precisamente um espaço para divulgar a arte contemporânea aqui no Interior do país, e foi através de um contacto e de uma parceria oral que foi possível», resume a curadora de arte e artista plástica, conhecida por Juma, a viver há vários anos em Pinhel.

Poderia ter sido uma das artistas convidadas do SIAC, a decorrer na Guarda até dia 18 do corrente, mas Joana Saraiva, preferiu a segunda hipótese, ou seja, receber na sua galeria de arte uma exposição integrada no evento, que considera «extremamente interessante». «Tinha todo o gosto» em participar no SIAC enquanto artista plástica.

«Havia a possibilidade um artista estrangeiro expôr na galeria de arte ou então eu, enquanto Juma, participar no SIAC, eu é que optei por trazer um artista a Pinhel, também para dinamizarmos a própria cidade e as pessoas daqui puderem respirar outro tipo de arte, uma vez que já conheciam a minha, mas havia neste SIAC a possibilidade de eu expor enquanto Juma», revela.

E Deixa uma possibilidade em aberto: «Tenho todo o gosto no SIAC do próximo ano, ou quando se proporcionar, enquanto Juma, de expor outras obras».

esta parceria com o Museu Regional da Guarda, no âmbito do simpósio Internacional, com a exposição de Yolanda Herranz, poderá significar outras colaborações no futuro. «Espero que sim e acredito que sim», diz Joana Saraiva. Isto porque «quando abri a Galeria de Arte AADE há quatro anos um dos objetivos era precisamente, com a evolução do tempo, fazer parcerias com o Museu da Guarda, com as Galerias de Arte de Miguel Bombarda, do Porto, por exemplo, para conseguir trazer a arte contemporânea até Pinhel, até ao interior do país. Foi esse o grande objectivo. E com o Museu da guarda é possível agora e acho que as pessoas que moram aqui no Interior também têm direito a respirar a arte.»

Um Objectivo que ainda não conseguiu concretizar. «Nestes quatro anos todas as exposições foram feitas de uma forma independente, com o contacto com os artistas, sempre, e já tivemos artistas internacionais, por exemplo o Rouslam Botiev, que é da Mongólia, vários artistas espanhóis, um da Brasil, outro do Dubai. Resumindo, já tivemos vários artistas em Pinhel aqui na galeria», concretiza Joana Saraiva.

« Mas também artistas portugueses porque a integraçãp também é essa, não é só trazer artistas do estrangeiro», ressalva, repetindo que «até agora foram todos contactos individuais e independentes da galeria de arte».

Os artistas locais não foram esquecidos. «Outro objectivo da galeria também é esse, ou seja, não só as pessoas do interior puderem respirar a arte contemporânea internacional e a nacional, mas também os artistas que nós temos aqui no distrito puderem divulgar os seus trabalhos», afirma Joana Saraiva, destacando que nos quase quatro anos de existência a galeria, que abriu as portas em Dezembro de 2013, já expôs trabalhos de «bastantes» artistas locais.

E em termos de visitantes Pinhelenses? Joana Saraiva responde que tem havido «uma evolução enorme». «No início as pessoas não estavam habituadas. Uma galeria de arte não é obrigatoriamente um espaço para comercializar arte, e é muito normal, foi a primeira galeria de arte que abriu , as pessoas - falo no geral - não sabiam se podiam só visitar, se tinham que comprar, mas agora de facto nos últimos anos já há muita, muita adesão. Na última exposição, de Cristina Maya Caetano, houve mais de cem pessoas ao longo de mês e meio, sem dúvida nenhuma», diz Joana Saraiva

bottom of page